Há muito tempo atrás, no período de
férias de julho desse mesmo ano, tinha um tema excelente para escrever um novo
texto: máscaras. Algo tão comum, pertinente na sociedade atual (estou parecendo
socióloga falando assim hahaha) e não tratado de uma maneira clara e objetiva.
Com meu lado curioso, questionador, observador e investigativo (me sentindo a
Sherlock Holmes), tentei de diversas formas montá-lo, a partir de conversas com
pessoas que sabia que teriam visões diferentes. Acabou que, com tanta ideia, expansão
de visão e boa base não consegui organizar as minhas ideias e pensamentos (isso
aí, Dudi, continue assim o/), sendo eles a base fundamental para ele. Agora - depois
de falar tudo sobre minha jornada rumo a Kanto/Johto/Sinnoh, ops ao texto(não aguentei meu lado pokemaniaca,
sorry) – cá estou eu inspirada para falar desse assunto porque, no exato
momento, estou usando uma.
Engraçado como essa palavra tem
tantos significados. Fui ver no dicionário e encontrei alguns como “objeto
usado para disfarce em festas e festivais” e “no teatro, utensílio muitas vezes
necessário para a criação e caracterização de um personagem.”. Analisando-as,
ambos têm o mesmo fundamento comum: fingir ou não demonstrar quem realmente é. Por
um lado isso é bom, já por outro nem tanto.
Em certas ocasiões, elas são extremamente
necessárias, como dar força a uma família desamparada, amigo ou até melhorar o
dia de alguém. Nesses casos, as vejo como uma forma de autodefesa e compaixão ao
outro. Mas há um limite: quando elas começam a ser usadas regularmente, ao invés
de temporárias e usadas em necessidade, e se tornam permanentes e até parte de
nós. As pessoas ao nosso redor começam a se acostumar tanto com essa nova face
que, ao demonstrar a antiga, são julgados e taxados de falsos, imorais e hipócritas.
Podemos relacionar esses apontamentos com o filme “Máscara”, em que a realidade do personagem principal era chata, azarada, péssima e fazia com que ele fosse uma pessoa assim. Ao encontrar a máscara, o mundo torna-se diferente, inusitada e bem melhor e o mesmo acontece com ele virando um cara descolado, cheio de amigos e popular. Já o problema é quando ele tenta retirá-la do rosto por exigir muita força, literalmente. Vai dizer que não é um bom retrato do que acontece com muitos no dia a dia?! Acredite, caro leitor, depois de umas boas conversas, reflexões e observacoes de 2 meses, tirei isso! :D FINALLY! Lol
Como diria a cantora Pitty, “Tire
a máscara que cobre o seu rosto.Se mostre e eu descubro se eu gosto.De seu
verdadeiro jeito de ser.”. Isso devia ser seguido por muitos (se já não é
seguido). Quantas vezes já acordamos com aquele pensamento de “que droga! Mais
um dia e eu na pior”, mas teve que colocar um sorriso no rosto e encontrar uma motivação
para encarar o dia proposto? Sei que foram muitas vezes.
Para mim a motivação devia ser
eternamente aflorada porque ela é o que torna os dias mais cinzas com um
pouquinho de cor. A tristeza? Podia ser aquele pernilongo chato que fica
zunindo no nosso ouvido às vezes mas que não fica constantemente conosco, sendo
logo um basta pra ela ir embora. E a alegria? Aquela companheira de cada dia,
que consegue tirar um sorriso nem que seja torto quando tudo parece estar
desabando e ajudar no descolamento dessa máscara. Vamos nos tornar menos
mascarados e mais verdadeiros com nós mesmos porque os mais beneficiados somos
sós. Tem maior beneficio que uma dose exacerbada de amor próprio e transparência?
Acho que não ;)